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  • fernanda cruz de aragao coelho

A primeira casa

Atualizado: 24 de set. de 2023

“A mulher é a primeira casa de todo e qualquer sujeito". Entretanto, a maternidade não está atrelada à capacidade biológica da mulher de gestar.

É preciso, ainda, questionarmos o "mito do amor materno" para além da data tão aguardada pelo comércio e culturalmente marcada de exageros românticos, idealizações – e por certo, muitas frustrações - de ambos os lados, de mães e de filhos. Nascemos biologicamente uma vez. Psiquicamente, muitas. Não se pede para nascer, muito menos temos escolha de quem queremos para serem nossos pais.

Uma mulher pode escolher ter ou não ter filhos, e se os tiver, o amor não será incondicional. Não como sentença!

O amor, e até esse tal “amor maternal”, é conquistado, construído em via de mão dupla.

O amor é sempre ambivalente. E incerto também; há de ser cultivado diariamente, pois não contamos com a categoria EX MÃE / EX-FILHO. Isso é certo e para toda a vida!

E nesse encontro sempre faltoso entre mães e filhos, se houver o AMOR, essa cota de investimento afetivo necessário para os humanos se humanizarem, a experiência da maternidade pode ser mais gratificante, pois estamos falando de FUNÇÃO MATERNA e não de parir.

Mães, dediquem-se a serem o que Winnicott chamou de "mãe suficientemente boa" e não "boa demais", pois até o amor não suporta exageros.

Celebremos a vida, as nossas histórias, os nossos filhos, as nossas mães e não uma data comercial.


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